Espaço de tempo

A brevidade recai solta como palitos de fósforo riscados

sem dono, sem destino...

perto do frio a fio tercendo o nosso corpo fraco e rastejante

como quem paga pecados inacabados

e pendentes a pagar...

E... nem mesmo o mais seco dos goles, salva os sentimentos

já, plantados pela insatisfação

dos que ainda tem chão e calçada para pisar...

mas que uma hora cai.

E quando a queda vem,

só a lembrança revigora o ato ou gesto util

e nem mais a minha vóz se vale... e se cala.