Chaos

 

Minh'alma tomada foi de aflição

Olho ao redor… onde está a solução?

Vejo o mundo muito mais caótico

Enlouquecido, de cabeça para baixo

Os humanos são como uvas, sós

Desprendidas de seu cacho

Já não pensam, tudo é tão robótico

E onde era simbiótico

Restam nas gargantas… nós!

Miríades de humanos envelhecem

Sem jamais chegarem à maturidade

São crianças velhas

Não importam suas idades

O sistema os idiotizam, entorpecem

Subtrai-lhes, de pensar, a liberdade

Não distinguem a mão esquerda da direita

Quase ninguém a ninguém mais respeita

Todo mundo opina sobre tudo

Pois a internet deu voz a todos

Aos de bom siso, e aos tolos

Sábio é quem consegue ficar mudo

Onde foi parar o amor?

Vejo pessoas celebrando a desgraça alheia

Anelando por um Coliseu de dor

Sem perceber que estão presas numa teia

Que a ampulheta grão em grão

Derrama, da vida, a areia

E suas almas diluem-se no chão…

O que restará depois de tudo?

Quando já não houver espada, escudo?

Quando o fio de prata se romper?

Poderá o homem a cabeça erguer?

E se houver prestação de conta?

E se a dívida for de grande monta?

E se já não houver advogado?

Ou quem faça expiação pelo pecado?

Então o homem se lembrará

Que esqueceu de viver o amor

E até desejou do outro a dor

E talvez por isso responderá

Por isso amemos enquanto é tempo

Pois ninguém sabe o momento

Que esta vida deixará... 

 

 

            Interação da ilustre poetisa Ane Rose

 

O mundo ao redor desmorona

E o mundo de dentro se desfaz

A vida se faz e refaz 

Mas nunca do mesmo jeito

A crueldade assombra

A falta de amor perturba

Solidão em meio à turba

Nó na garganta, aperto no peito

A dor do mundo é tamanha

Que retumba por dentro

A humanidade doente

É preciso acreditar na cura

Senão bebemos do veneno 

Netokof
Enviado por Netokof em 18/12/2022
Reeditado em 17/04/2023
Código do texto: T7674916
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