FRÍGIDA

É de se esperar

do tempo

seus ventos,

dos ventres

das nativas

tempestades,

tempestivas

se vão

em liturgia,

furtivas,

no vão

da ventania.

Do sopro

se gasta

energia,

da luz

se exauri

o dia,

do silêncio

se gesta

a noite ...

bravia

quente

de corpos

e almas

carentes,

a se esbaldarem

como renitentes,

enquanto

a madrugada

não vem

com seus

sonos tardios,

e camas baldias,

sem calor,

sem pavio,

indiferente ...

apenas

madrugada fria!

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 28/12/2022
Código do texto: T7681143
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