SÍNDROME DE ESTOCOLMO

As insônias

e os poetas,

parecem costurar

simbioses

com agulhas

de madrugada.

Se aos segundos

cumpre

o papel de refém,

as primeira

procrastinam o resgate.

As horas apenas expectadoras;

a manhã,

acontecimento inevitável,

a cobrar suas dívidas

em sonolentas prestações;

O sono,

eterno paciente,

medicado,

por ora,

com a figuração

que a vigília lhes prescreve.

E os sonhos,

onde ficam?

Tardios,

mas nunca

relegados,

aguardam o momento

oportuno da passagem do bastão.

No final,

não há derrotados,

há criadores,

e criados,

não necessariamente

nesta ordem,

e a promessa de

novo encontro

em algum lugar

da notívaga

e indisciplinada inspiração.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 28/12/2022
Código do texto: T7681165
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