ENCANTO
Eu canto meu encanto.
No vento lanço minha toada.
Devoro carne, e sangue dos homens bebo.
Demônio do mar, vampira marinho,
me chame de qualquer nome.
Se prudência for a graça
melhor que seja cego para ver tamanha beldade.
Fria da metade para baixo,
compenso com meu canto e olhar.
Eu canto meu encanto,
expulso seu pranto,
Amo todos os seus sexos,
espalhados pelo corpo inteiro.
Provoco a sorte,
Questiono a minha magia.
Mas, se subitamente,
troco-me a vida eterna
por uma na terra com você
naúfrago humano.