Somos todos meios vadios, meios farsantes, meio foragidos.

Somos meio encardidos, meio bandidos, meio remendados.

Somos todos meio infiéis, meio esquisitos, meio mancos.

Somos todos meio tolos, meio feios, meio falhos.

Somos todos meio espertos, meio sinceros, meio capazes.

Somos todos meio velhacos, meio sujos, meio encalhados.

Somos todos meio palhaços, meio surrados, meio lunáticos.

Somos todos meio devastados, meio dissimulados, meio capetas.

Somos todos meio esgarçados, meio engraçados, meio desgraçados.

Somos todos meio destravados, meio atolados, meio patetas.

Somos todos meio ocos, meio patéticos, meio limitados.

Somos todos meio bizarros, meio desembestados, meio usurpados.

Somos todos meio virgens, meio pacatos, meio animais.

Somos todos meio nobres, meio distantes, meio renegados.

Somos todos meio férteis, meio desatinados, meio canastrões.

Somos todos meio inúteis, meio descartáveis, meio desprezíveis.

Somos todos meio nada, meio tudo, meio o que Deus quiser.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 04/01/2023
Reeditado em 04/01/2023
Código do texto: T7686494
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