Minha Perdição Dalila

Dalila, a minha força estava nos meus cabelos, mas meu coração estava nos teus joelhos. Adormeci no teu regaço, rijo como vergas de vime e amanheci desfalecido até a alma, acorrentado, girando os moinhos de Gaza.

Dalila, nem mil e cem moedas de prata valeriam tanto quanto as mil e cem gotas de suor que expelem do teu corpo.

Nem os sacrifícios ofertados no Templo de Dagom, valeriam tanto quanto a oblação de amor que te dedico.

Ah, Dalila, maldita hora em que denunciei o oculto do meu âmago para você. Derrubarei as colunas da basílica em protesto a perfídia, pois uma vez mais eu clamei ao Sol da Justiça que iluminasse o pequeno sol, uma vez mais. Vou brilhar em Estaol para sempre, Dalila.

Fabiana Alves
Enviado por Fabiana Alves em 08/01/2023
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T7689937
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