CÍCLICOS

Nas terminações,

nervosas ou dos tempos,

haverá um novo ciclo,

Outro trem,

descendo a serra

como nova música

de estação,

que se encerra

em trilhos e trilhas

da composição.

Somos ânsia de renovação,

pulsamos em veias

restauradas

o sangue e os rios

correm com seus fluídos

do amanhã.

Desejo de regresso,

ou desterro,

após encontro com seus oceanos.

Os mares os esperam

quem sabe seus naufrágios,

os amares são os leitos

de cada curso,

ou decurso,

dos desvelos ...

desvarios

onde dormem os presságios.

Pousamos

sobre travesseiros

do porvir,

e sonhamos

o que ainda não se sonhou,

porque sem um novo ciclo

somos apenas o pó

da fatigante estrada

que clama por

uma nova passarada.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 09/01/2023
Código do texto: T7690773
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