O Calor da Poesia

Quem não respira as cores do poético

Vive poste seco iluminado pela escuridão do descaso do tempo !

Quem não respira o calor dos vieses da poesia

Vive como um sapo seco à beira do relento

Quem não come os cheiros dos poemas

Sobrevive nas esquinas morimbundas sujas do nada , vazio , cinzento com cheiros bolorentos!

Quem não pulsa poesia ,

Se asfixia com seu próprio respirar

Na agonia de se perpetrar na volúpia

teimosa e arredia sem romper, sem rasgar, sem desatar os nós das paredes e muros , das cercas

a infertilizarem os ares que teimam em colorir as vozes dos sonhos que rompem as manhãs dos dias , das horas , dos instantes

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 13/01/2023
Código do texto: T7694310
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