O espaço, o tempo, o caos e o silêncio

Aqui e agora, tudo e nada.

E tão somente.

Um futuro relativo pra cada.

O passado adjacente.

Aquele que a gente só guarda, mesmo estando presente.

Presente que não existe.

Ele passa com o tempo.

Uma ilusão que persiste.

Real como sentimento.

E parece que quanto mais se insiste, maior é o movimento.

O movimento do cosmo como um todo. A expansão.

O frio, o fogo. A luz, a escuridão.

O eco afônico do silêncio em coro.

Não ouço nada, mas ainda sinto vibrar o chão.

Então me guardo e me guio,

já não tenho mais medo do fim.

Carreguei muito fardo que não era meu, mas conheci cada versão minha assim.

Fim já vi um punhado. E em todas as vezes dei o melhor de mim.

Nunca tive muito a oferecer, confesso, além da minha presença.

Talvez confusa de entender, mas sempre fui intensa.

Parece neurose, eu sei.

Talvez seja intuição.(?)

Mas juro pensei ter ouvido você falar em salvação.

Tipo A Caverna de Platão.

Devo ter entendido errado, então?

É que eu já quase fui para o caixão.

E hoje tento ser uma mulher de fé.

Mas confesso, às vezes meto a mão pelo pé.

Vou pra 5ª enquanto dão ré.

E embora eu não seja normal,

a vida é o que é.

Fabiana Alves
Enviado por Fabiana Alves em 15/01/2023
Reeditado em 15/01/2023
Código do texto: T7695283
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