NUA NAU
Tua imagem em branco e preto,
pálida em vez de ter o vermelho
incandescente da brasa aguda
e que estrila breve e profunda,
entre os confins hostis do meu corpo,
desde o miolo cru aos miolos
do mapa-múndi amplo dos teus olhos
repletos de silêncio e de sonho.
Não será a malha larga que vestes,
impedimento capaz de domar
o bisturi quente desta rajada
que ergue os pelos da tua pele.
A tua silhueta, eu rabisco
assim: sou a venta. E tu, o tiro.