DO QUE SOU

gosto do som habita a tempestade

sou o tipo de homem que olha as cores de vulcão

de tudo que almejo quase tudo é espanto

não estou no tom pastel das normalidades

não vai me encontrar no silêncio das catedrais

estou no ruído da pedra desgastada pelo balanço do mar

gosto do canto do fogo se atracando ao redemoinho

sou a pedra que desalinha a roda das diligências

sou oposição a tudo que é régua

de tudo que a rima que afaga eu não sou

sou o eco que ressoa do outro lado do precipício

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 03/02/2023
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