Eu Escuto as Cores dos Perfumes das Manhãs

Eu escuto as cores dos perfumes que exalam dentro mim como raios dos sóis que perambulam nos meus poros

Eu sinto o pulsar das estrelas que cantam dentro de minhas veias

Eu enxergo os vínculos cheirosos que gritam na minha iris negra de tão poesia

Eu danço sob os lastros dos versos em fios tecidos sob a égide dos deuses que versam com os orvalhos as texturas dos cantos dos passarinhos

Eu sussurro nos tímpanos da claridade das manhãs tão poéticas de tão meninas, singelas de tão bonitas

Eu grito com meus sorrisos as dobraduras sazonais de ébrias tardes tão somente minhas

Eu suo lágrimas que escorrem livres por entre os vértices do tempo tão bonito e tão nu de tão belo

Eu me redimo e me comprimo,

me elasteço e subordinado escrevo e inscrevo meus rastros sob a tutela

testemunha da rebeldia de viver cada pedaço das manhãs como um gole de poesia

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 11/02/2023
Código do texto: T7717038
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