AFOGADOS E ESQUECIDOS!

Quem é que se atreve a dizer

Que daqui é nativo? Que adotou este lugar?

E quantos aportam e dizem que amam,

Mas com atos, deixam a desejar!?

E diz que sente as dores desse povo,

Anseios de crescer e de desenvolver,

Que ninguém vê em quaisquer recantos!

Nem sempre praças enchem olhares,

Mesmo ruas e avenidas asfaltadas...

Traz a devida vênia para tantas senhorias.

Dessas massas que clamam a lida,

Mesmo a cultura que não emerge...

À procura de oxigênio e até guarida!?

E, como Berço de cultura,

Quando aqui já teve "Encontros Culturais"!?

De classe artística pujante e rica,

Com mais de três terços de quantitativos,

Por cada remanso dessa gleba!

Quem vê a prole que nasce desse folclore,

Onde o buscapé e o barco de fogo,

Tomam proporções mais que outras

Formas de Arte e de Escrita...

Dessa gente que faz da poesia,

Um refrão de música que tá na boca de todos!?

E, à boca miúda, parturientes dão a luz

A poetas mortos, antes mesmo de nascerem,

Afogados por quem cuida desse patrimônio,

Que não atinge quem necessita

Seja visto por todos, em todos os lugares!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 15/02/2023
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