Calma!
A ansiedade corta o barato
A culpa escurece o rosto e a atitude
Quero esses venenosfora do meu contato
Sem tóxicos. Cem por cento saúde.
A vida não merece esconderijo
Se é bela deve-se mostrar
Sem essa de ser vítima: sou eu que dirijo
E minha própria sorte não quero atropelar
Nem jogar ao vento
feito coisa sem importância
O que é luta, é luta pelo redento
Sem resquício da ganância
Liberdade puramente solta a sorrir
Sem prestar contas ao que está na moda
Tem uma outra tal de liberdade por aí
Depende da tribo e até incomoda
( essa é liberdade?
Não, é aterro da própria insanidade )
Há passeios entre as paisagens
da viagem. E vai dar tempo, calma
As idéias parecem assomar entre as folhagens
mas antes que perdê-las, encontrar a alma
O desejo de ser feliz e querer mudar
Gole por gole, não o garrafão duma só vez
O segredo é ir aos poucos, sem parar
O corpo forma-se de amor, não de estupidez.