Esculpir palavras

  com o cinzel de barro

 na rocha do  tempo...

 a dor é profunda nesta

 insolitude da estrada

-esse firmamento sem palavras-

 onde o silencio ecoa como desnuda melodia ao  vento

 cinzelando  esses

tambores mudos

esta estatua respira

pensamentos

ave em busca do pouso perdido

nessa viagem secreta 

de acustica eras

dessa cósmica angústia

ah o amor direis

mesa de doze discípulos

irmãos na tenda

Onde repousarei a cabeça

se ceiamos da mesma miséria

da cela...