O Impiedoso Chamado

Glucófono Sono ataca meu corpo com doce cansaço,

Mas minha inquieta mente não cruza os portões dos sonhos

Virando aqui e ali sem propósito não sabendo o que faço

Eu perco-me vagando entre pensamentos medonhos

Visualizando do mundo a coisa mais impiedosa

E seus inevitáveis futuros tão belos, mas tão tristonhos

Pois assim é a capacidade humana tão tenebrosa

De em sua mente eventualmente tudo correlacionar

E ver vistas infinitamente vertigentes tão maravilhosas

Mas nunca de nossa plácida ilha de ignorância viajar

Apenas de longe a infinidade de negros oceanos ver

Enquanto cada ciência continua sozinha à se navegar

Aleatórias discordantes direções cada vem à ter

Mas um dia suas dissociadas peças serão juntadas

E em nada mais nós poderemos escolher crer

À não ser as aterrorizantes visões à nós reveladas

Mas os que não ficarem loucos com a revelação

Fugirão de volta às estupidezes por eles acomodadas

Escondendo-se da mortífera luz da abolição

De volta à confortável segurança da Idade das Trevas

Traçam novamente o pérfido caminho da perdição

Cobrindo seus olhos com multi-bifurcadas grevas,

Mesmo antes de ouvirmos o Seu chamado,

Ou mesmo cegando-se em suas soluções medievas

Até lá espero aqui toda noite atormentado

Ao dia que as caprichosas estrelas alinharem-se

Pois assim foi determinado que eu seja fadado

Desde que eu vi os vis cenários formarem-se

Da Morte como último inimigo sendo subjugada

E a humanidade aos profundos Antigos juntarem-se

Deixando nossa idade de ferro, ouro ou prateada

Para acompanhar o Morto Sacerdote dolente

A incompreensível felicidade nunca antes almejada

Que vem à nós quase que por desajeitado acidente

Assim aqui acordado minha mente eu entrelaço

Para quando deitar-nos-emos sonhando eternamente