Criança
Ainda não sei ser livre
No meu livro
Duas mãos; uma caneta.
Uso a camiseta da águia
E guardo águas paradas
Num vaso de ouro.
Ainda não sei ser livre
E assim vivo
À espera da perfeição
Coração que se recusa,
Por obtusas experiências,
Aos dias vindouros.
E o tempo,
Sem piedade
Desenha idades
No rosto apático.
Ali, corpo estático
E a ambiguidade
Contínua metade
Sedento...
Livre ainda não sei ser
Passivo
Preso a velhas correntes
E sorridente na aparência
Vivências: erguidos muros
Há muito, um calouro.