Criança

Ainda não sei ser livre

No meu livro

Duas mãos; uma caneta.

Uso a camiseta da águia

E guardo águas paradas

Num vaso de ouro.

Ainda não sei ser livre

E assim vivo

À espera da perfeição

Coração que se recusa,

Por obtusas experiências,

Aos dias vindouros.

E o tempo,

Sem piedade

Desenha idades

No rosto apático.

Ali, corpo estático

E a ambiguidade

Contínua metade

Sedento...

Livre ainda não sei ser

Passivo

Preso a velhas correntes

E sorridente na aparência

Vivências: erguidos muros

Há muito, um calouro.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 23/02/2023
Código do texto: T7726185
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