Ventos

Os Ventos não têm lei nem rei, transformam o ar em perpétua anarquia, guerreiam entre si, provocam furacões e tempestades.

Para dominar e organizar essas forças, Júpiter encerra os Ventos numa caverna e sobre ela acumula montanhas e rochedos. Depois pede a Éolo, filho de Netuno e Arne que vigie os prisioneiros.

Assim, Éolo torna-se o rei dos Ventos.

Do alto das montanhas ouve os súditos rugirem.

Sob ordens de Júpiter, os ventos podem ser libertados sobre a Terra.

Os 4 principais ventos são filhos de Astreu e Aurora:

Bóreas (ou Setentrião), Zéfiro (ou Favônio), Euro

(ou Vulturno) e Noto (ou Austro).

Bóreas - Vento do Norte : Frio e rigoroso;

Zéfiro - Vento do Oeste : Impetuoso, provoca tempestades;

Euro - Vento do sudoeste;

Noto - Vento do sul.

:.:.:.

O que é o vento para o pássaro-poeta?

O poeta escorrega na trilha invisível do vento e passeia na sua asa.

Do alto, olha mudo o caminho fértil das palavras do mundo.

O poeta apanha um canto na curva do deserto de ar

iniciático e esvoaçante.

Deixam-se pegar os versos incompletos soltos nas chuvas.

Eles passam em bandos rumo às almas dos poetas,

seu recôndito de idéias.

O vento leva as sementes com seu movimento fecundo.

O vento dá voltas que renovam o que se perde no horizonte,

em todas as direções.

A boca do vento sopra sua rima no raio de sol

e faz esse poema para Éolo,

que sabe os momentos das brisas, ciclones e furacões.

Solange Firmino
Enviado por Solange Firmino em 11/12/2007
Código do texto: T772981