O Poeta é um Órgão Público

Tá, você estava na parte em que me convence de que há algo útil nisso tudo... Eu já fui clara quanto ao que penso! E aí? O que vêm agora? Algum jornal, a redação, algum novo grampo personalizado?

Que escândalo. Fui embora

Para terra de meu rei. Colinas à cima

Era o sol de onde fui tirado.

Abaixo, exagero de terra fina.

Não cumpro o descaso da sua boca de mil dentes.

Mas a pertenço. Ao todo,

Sete vezes me pungi na abertura do teu riso.

E sua graça me enfraqueceu.

Se me ocorresse algum outro procedimento

Que não este de vileza espeça

Aberta [mente] pingaria em ti alguma cláusula minha.

E na manhã seguinte não serias nada...

Sobreponho no entanto um coração de carne e dureza fria...

Este dilata à cada valsinha que sente existir nos teus lábios.

Por isso o movimento em sinal de infinito; e a sensação

O mundo dormiu para nos ceder o balanço do espaço.

Primeiro na praça. Eras maior que a primeira versão.

Depois, no descumprimento da tua fala doce, tinhas ainda grandeza

Em anunciar sua candidatura democratizada

[poli meus dentes.

E finalmente o primeiro escândalo

[aquilo não se engolia!

Thiago Araújo Oliveira
Enviado por Thiago Araújo Oliveira em 01/03/2023
Código do texto: T7730584
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