O Poeta é um Órgão Público
Tá, você estava na parte em que me convence de que há algo útil nisso tudo... Eu já fui clara quanto ao que penso! E aí? O que vêm agora? Algum jornal, a redação, algum novo grampo personalizado?
Que escândalo. Fui embora
Para terra de meu rei. Colinas à cima
Era o sol de onde fui tirado.
Abaixo, exagero de terra fina.
Não cumpro o descaso da sua boca de mil dentes.
Mas a pertenço. Ao todo,
Sete vezes me pungi na abertura do teu riso.
E sua graça me enfraqueceu.
Se me ocorresse algum outro procedimento
Que não este de vileza espeça
Aberta [mente] pingaria em ti alguma cláusula minha.
E na manhã seguinte não serias nada...
Sobreponho no entanto um coração de carne e dureza fria...
Este dilata à cada valsinha que sente existir nos teus lábios.
Por isso o movimento em sinal de infinito; e a sensação
O mundo dormiu para nos ceder o balanço do espaço.
Primeiro na praça. Eras maior que a primeira versão.
Depois, no descumprimento da tua fala doce, tinhas ainda grandeza
Em anunciar sua candidatura democratizada
[poli meus dentes.
E finalmente o primeiro escândalo
[aquilo não se engolia!