SOLO

E a cartografia sempre distante do seu corpo,

somada a tudo o que pulverizo de tenebroso,

assopra nas veias essa azia pelando feito fogo

entre as tripas: trafega solta, de dorso a dorso.

Às zero e cinquenta, finco o peso no conforto

árido do carpete — estou voraz, mas vagaroso.

Nada ocorre lá fora: nem asfalto e nem morro.

Não sei desse céu — está azul-cobalto ou roxo?

Abraço o cetim do vazio, e bebo o oxigênio todo,

tal se fosse um ui contralto subindo do seu poço.