Sem razão de amar

De repente deu-me vontade louca

De novamente , de demente te amar

De repente veio-me tanta poesia tosca

De quando tinha por quem me inspirar

E os olhos mudos encheram de brilho

Que vinha de muito tempo sem chorar

E o sentimento revelou-se mais zarolho

Sem ter por que vir, veio a me ocupar

E já liberto do pudor que me continha

Voltei a querer-te sim, mesmo atento

Na indiferença tua, na ausência minha

Não há sentido para esse súbito afeto

E jamais terá, posto que, é mesmo amor

E amor não tem razão- se ama, e pronto.