Os Cheiram Virilhas

E os normais encarnados sob o ápice de logicismos ocos , vazios e cinzentos

Se engasgam com os ventos de suas tolices

E vomitam besteiras ímpares

em filas que crescem diuturnamente

E o pior é que querem decidir por onde outros caminhem

Como se todos iguais a eles fossem

E os normais em cada esquina

Sujos e imundos da mesmice da teimosia de serem normais

Embriagam - se de tolices

Embebedam - se de tudo

Mediocridade sem limites

Sentam - se em tronos toscos

E erguem - se perante a sabedoria do tempo sem entender nada

Apenas a pose perante a beleza da vida

Que passa e não fica

Os normais que não enxergam um palmo do seu nariz

Apenas se entorpecem com as sombras de suas asneiras

Cheiram as suas virilhas e testam as suas narinas

Num rito torto, turvo e tonto

Sob aplausos e holofotes

de gente que não sabe beber um gole de poesia!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 15/03/2023
Reeditado em 16/03/2023
Código do texto: T7741114
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.