Não, sem problema

Se tuas palavras

um dia me cortarem,

farei desse sangue

matéria da tinta

com que assinarei

o nosso perdão.

Não há, em mim, orgulho

que me impeça de olhar

para a sua chama,

que irradia a esperteza

de quem abriga o fato

ante a rua da ilusão.

Mas, se eu acabar

isolado, casmurro

como qualquer um,

perdoe o coração

frágil deste inseguro

aprendendo a viver.

Queria eu ser simples

a ponto de ouvir

sua sinceridade

como uma melodia,

uma rima fácil

terminada em "ão" "ar" ou "er".

Eduardo Becher
Enviado por Eduardo Becher em 18/03/2023
Código do texto: T7743380
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