Ciúmes

 

Ah! Ciúmes, ciúmes

Que não me deixam dormir

Ficam a furar-me as entranhas,

Como um punhal, a ferir.

 

Esse medo de que o que tenho,

O tenha também outro alguém,

É o meu maior martírio,

E não o desejo a ninguém.

 

Acordo na noite, assustado,

Penso onde você possa estar...

Dúvidas me inundam a cabeça!

Preciso me controlar...

 

Se me falam ser ciumento,

Disfarço, mas não me entrego.

Juro que não o conheço,

Mas junto a mim, o carrego.

 

Ah! Ciúmes, ciúmes

Que nego, renego e desdenho!

Não quero sentir, mas os sinto.

Não quero ter, mas os tenho!