Andarilho
Um grito quase desumano lancinante
Ecoa do coração ferido que escravo,
Bate no meu peito ainda arquejante
Arrastando suas correntes como bravo.
O teu desprezo me foi áspero, travo
Vermelho de sangue, triste,iriante
Tal qual a cova que hora cavo
Para enterrar-me de dor latejante.
O amor que te ofereci de sublime
No olhar rubro entao se comprime
Ofuscado em seu antigo brilho,
Agora caminho perdido tremente
Sem um afago que me esquente,
Corro mundo, vagabundo, andarilho.