Andarilho

Um grito quase desumano lancinante

Ecoa do coração ferido que escravo,

Bate no meu peito ainda arquejante

Arrastando suas correntes como bravo.

O teu desprezo me foi áspero, travo

Vermelho de sangue, triste,iriante

Tal qual a cova que hora cavo

Para enterrar-me de dor latejante.

O amor que te ofereci de sublime

No olhar rubro entao se comprime

Ofuscado em seu antigo brilho,

Agora caminho perdido tremente

Sem um afago que me esquente,

Corro mundo, vagabundo, andarilho.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 14/12/2007
Código do texto: T778704
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