Miséria

Tocaste a minha porta miséria

Sem pétalas como o branco lirio,

Que açoitado pelo vento do martírio

Vê-se ao chão em palidez funérea.

Meus olhos ja não tinha a luz do círio

Diante dela, ali parada e séria

De pele desbotada de cor cinérea

A face cuspida do próprio delírio.

Com o braco esquelético estendido

Disse - Vem para fora que eu te espero

Quanto ao tempo, a mim não importa,

Respondi com olhar altivo e ofendido

- Rejeito-te e teu abraço não quero,

Dei as costas, e feliz tranquei a porta!

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 14/12/2007
Reeditado em 15/12/2007
Código do texto: T778708
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