Que hora vira música? (versão II)

Pra ele a palavra da infância é “amor”

Pra ela é “medo”

Ele tem cabeça matemática

Ela pensa emaranhado

Ambos amam a música popular brasileira

Pra ele aquele lá é o melhor

Pra ela é esse aqui

Ela não acredita em purismo

Ele quer coerência

Ambos ouvem podcasts

Pra ele a deputada é boa

Pra ela a deputada é a coroa

Ele dorme fácil

Ela gosta de travesseiro

Ambos demoram no abraço

Pra ele a renda vem da tecnologia

Pra ela há lugar na alquimia

Ele tem solução

Ela tem dúvida

Ambos riem com tomate seco

Pra ela a poesia vem fácil

Pra ele tem poeta em todo canto

Ele lava louça

Ela inventa gastronomias

Ambos se descobrem

Pra ela tem pesquisa de si

Pra ele o acaso é quem decide

Ele esquece até a memória ram

Ela tem chatices

Eles se amam

Ela levou o lúdico

Ele achou grandioso

Ele tem o lúdico

Ela quer dar nome

Ambos se descobrem gente

Ele teve o Nicolau

Ela tem o pregador

Ele trabalha até tarde

Ela já foi formiga

Ambos fogem pela madrugada

Ela fica brava

Ele pergunta o motivo

Ela fala da cabeça exata

Agora é ele quem se chateia

Ambos sabem gingar na dança

Ele faz massagem

Ela tem o óleo

Pra ele é terapia

Pra ela é sacanagem

Ambos relaxam no toque

Ela fala em Ômega 3

Ele tem amor no pife

Ela arrisca as notas

Ele carnavalizou no Bloco

Ambos se ressabiaram

Ele achou estranho

Ela viu laboratório

Ele busca certeza

Ela bota na carência

Ambos tem história

Ela sempre tem chocolate

Ele apareceu com um

Ela prefere pergunta

Ele argumenta até suar

Ambos sabem degustar

Ele vive o presente

Ela busca o conteúdo

Pra ele o que vale é café sem açúcar

Pra ela valeu copiar

Ambos valoram o encontro

Isabel Cristina Rodrigues
Enviado por Isabel Cristina Rodrigues em 14/05/2023
Reeditado em 22/06/2023
Código do texto: T7788290
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