Carência

Delicado ópio

No ócio de meus dias

Frias as mãos;

O peito não.

Sem estar sóbrio,

O óbvio deixa de existir

E a partir daí

Logo sou solidão.

Castelos criados

Presente, passado

Em piscina afogado

Por águas que crio.

Mal administrado,

Perco meu reinado

E então sem trono,

Imensurável vazio.

Delicado ópio

Que me tem tão cego

Ego em disfarce

Homem sem razão.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 15/05/2023
Reeditado em 16/05/2023
Código do texto: T7789044
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