Róseaseas da tarde

Me diga por favor/

Antes do dia amanhecer/

Por onde andas/

Fonte alucinante de desejos/

Há tanto que não te vejo/

Que a minha sede é de enlouquece /

Que me perco a procurar no escuro/

O tom puro do teu/

Rumo ignorado/

Quase apagada, tua lembrança/

Ainda fervilha/

Me irá e me exila/

Me faz sentir o pulsar intermitente na alma/

Mortal, esse germe, surto de tudo o que vivemos/

Ainda me vicia/

Acabando com a paz/

Publica ao redor/

Que jamais viverei com outro alguém/

Olha que procuro/

Mas não há além do nada/

Por mais que eu ande/

Além das nuvens/

Não consigo te esquecer/

Aquela pele alva/

Em banho de leite/

Sobre seios resilientes/

E provocantes gemidos/

O veneno escorrido e colhido /

Das feridas no âmago do prazer/

Tem me feito sofrer/

Como a querer viver numa eternidade/

Entendendo que a cura/

Só virá das doses repetidas de você/

Mesmo que haja na obsessão/

Vocação pra morrer/

Arisco beber em tua boca/

O mel fel dos momentos incautos/

Que juntos, contagiados pela volúpia/

Pela fome muitas vezes insana/

Forjamos pra nunca esquecer/

Agora procuro/

Sem compreender /

O que fiz pra te perder/

O que você fez pra desaparecer/