À ESTRANHA

Avessa a tudo quanto fiz em verso

A estranha é ocaso dum verão submerso,

A quanto fiz de mim desdém exala,

Vulgar para a arte, vil e reles, rala.

Amante desse brilho fátuo em tudo

Que passa em pressa e expressa o vácuo, o mudo

Olhar do abismo atroz que encara e encanta

O eleito, eis a alma anã, eis a giganta...

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 25/05/2023
Código do texto: T7796807
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