FRAGMENTOS
Todas as coisas
soltas
Todas...
O centro de mim que não centra.
O planeta que se movimenta
numa dança incessante e lenta
por dias que correm depressa demais.
E nessa Ordem,
que eu não compreendo,
desse TODO em que sou fragmentos
moram as questões, os silêncios,
as marés;
As razões, os desalentos e a fé.
Espalha em mim a poeira das Estrelas!
Para que as centelhas permitam-me
sentir o clarão sem fim.
Para que mesmo no escuro da noite,
da tal noite que atravessa o eu,
eu possa ter a certeza
que é eterna a Beleza,
e que a chama, por mais calma que seja,
ainda É SIM infinitamente maior que o breu.
DV.
05/23
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