Proteção

Na escuridão

Do teto branco

Do meu quarto

Embebido em sua janela

Tão protetora e fria

Eu tinha enclausurado

Lá fora, o sol.

Foi então que compus

O meu último verso,

Quando da mesma janela vi

Em peito largo e disperso

O que ninguém mais vil.

No meio

Da minha falsa imensidade

Também tinha deixado preso

Lá fora os céus

Com suas estrelas

E o firmamento.

Achando-me protegido

E seguro

Dentro de quatro paredes

De mais frio cimento.

Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 03/06/2023
Reeditado em 03/06/2023
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