Fim da alcova

De frente, os rostos

Em misto de mosto

E desgosto

Pelas costas

Botas opostas

Aguardam as apostas

Aos lados,

Olhos velados

Calados ou vendados

E no centro,

Interno encontro

De luta e luto, por dentro

A mente possuída

Vai sendo diminuída

Existirá saída?

Talvez

Seja a vez

De esconder a altivez

Perder o poder

E, se puder,

Não se prender

Então, a cura

Da figura obscura,

Agora alva e pura

O fim da alcova

É a prova

Recebida como trova.

rimedor
Enviado por rimedor em 04/06/2023
Código do texto: T7805532
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