Legados e Enredos 

 

Trancei os legados no decorrer dos anos

Todos arrumados a fugir dos enganos.

Na sala escura uns papéis rebuscados,

Pedaços de marquises, matrizes e achados

Tudo abandonado, esquecidos do lado.

 

No trançado dos cabelos alguns segredos,

Nas mãos inquietas rolos do passado,

És que no cofre da casa repousam cédulas 

Fazem parte do tempo do lero-lero das calçadas,

Dos jogos de apostas de inocentes armas.

 

Mapeei num quadro um desconexo destino,

Carreguei um cenário com enredo Camoniano,

Mas a luz do palco não refletiu a dura face

A verdade em convulsão e a mentira sem desface.