A centelha resistente do sonho

Nas brumas densas da noite de agonia,

Meu ser se afoga em sombras de tristeza.

O negro véu envolve esta vida árdua e fria,

E o mundo, em trevas, verte a sua avareza.

Sob o manto escuro da escuridão sombria,

Vago sem rumo, perdido em tantas incertezas.

A dor acende uma fogueira e me faz companhia,

E a tristeza flui, em meu sangue, suas correntezas.

Ó alma pálida, sem cor e sem alento,

Na escuridão da vida vagueando a esmo!

Encontras abrigo no peito do tormento?!

Mas, mesmo em meio ao insano e lúgubre extremo,

Há uma centelha de luz no sótão do meu pensamento,

Pois o sonho ainda vive em meu ser sereno e pequeno.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 08/06/2023
Código do texto: T7808891
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