23:07

as palavras, onde pus as palavras,

onde estão os gritos, as lágrimas,

quem sabe das memórias, do norte em casa,

aquieta-se na noite e não se sabe das glórias,

escreve-se e não se abre a alma,

dorme-se sem lareira, aborranha-se de terror,

do vazio,

que é esta vitória

de ficar sem nada.

que horas,

23:07, uma hora qualquer, na minha história.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 17/12/2007
Código do texto: T782420