COLETÂNEA DE POESIAS

PEQUENINA

Dorme, dorme pequenina,

Que o vovô quer descansar,

Sonha com os anjos minha menina,

Como borboletas sobre flores a bailar.

Corre no jardim por entre flores,

Realiza teus sonhos de criança,

Colhe o mais puro dos amores,

Renova assim a esperança.

Colhes flores no jardim,

Todas elas perfumadas,

Branca, amarela, carmim,

Por belezas encantadas.

Ver nuvens brancas no céu bailar,

Por entre estrelas reluzentes,

Ouvir dos anjos belos cantar,

Em dias felizes mais contentes.

Vem brincar a luz da lua,

Ver vagalumes piscar,

Na calçada de nossa rua,

Olhar das estrelas o cintilar.

Homenagem a Cecília Mesquita, minha netinha de três anos.

Fortaleza, 15/04/2023.

A LUZ DA LUA

Ah se eu pudesse um dia,

Vê-la vestida com a luz da lua,

O meu coração sorriria,

Quando te visse quase nua.

Tudo seria diferente,

Numa estrada mais florida,

Viveríamos mais contentes,

Por toda a nossa vida.

Anjos cantavam com alegria,

A mais bela e sublime canção,

Nossa alma enfim sorria,

Com brilho no coração.

És tu meu sonho de amor,

Que eu sonho todo dia,

A minha perfumada flor,

Que no jardim da vida irradia.

Guardo-te no âmago do peito,

Como o mais puro dos amores,

Que em meus sonhos me deleito,

Em ti sinto perfume de flores.

Fortaleza, 20/04/2023.

NÃO CONSIGO TE ESQUECER

“Pelas terras que eu percorra”,

“Permita Deus que eu morra”,

Sem que eu possa te encontrar,

Para em ternura te amar.

Dos amores que eu tive,

Foste tu o maior deles,

Nos teus braços eu estive,

Bons momentos foram aqueles.

Não consigo te esquecer,

Deste perfume de rosa,

Quando vinhas me aquecer,

És das flores a mais cheirosa.

Nos teus braços perco o ar,

És dengosa por demais,

Fico doido a suspirar,

Com este sabor de quero mais.

Quando olho nos olhos teus,

O amor mais se assanha,

Agradeço para meu Deus,

No amor somos nós dois quem ganha.

Fortaleza, 21/05/2023.

SE EU PUDESSE

Ah se eu pudesse ao menos fechar teus olhos,

Na hora crucial de tua partida,

Em silêncio espantar os teus abrolhos,

Deixados pelos encalços da vida.

Ai como foi cruel o destino,

Tirando-me do teu caminho,

Jogando-me na vala do desatino,

O próprio orgulho me deixou sozinho.

Meus olhos viraram cachoeiras,

Ao lembrar dos meus tempos de menino,

Em teu colo tardes inteiras,

Momentos felizes divinos.

No meu rosto uma lágrima corre,

A tristeza invade o meu peito,

Por ti meu amor nunca morre,

Porque guardo todo respeito.

Homenagem a minha irmã Marli Araújo.

Fortaleza, 28/05/2023.

ChicoMesquita
Enviado por ChicoMesquita em 05/07/2023
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