poesia

Seria como se o corpo latisse seu embargo,

Seu muro onde o crepúsculo se desenha,

Mas essa barragem não sei quem desenhou,

Que longe de si, se perdeu a fazer de mim

não só o quarto escuro, mas o uivo do desengano,

que encontra como o rio o melhor caminho, a

Saída onde a fruta recebe o sol da

Manhã, e por ela, segue para as mãos onde

A poesia tem seus artesão, os escravos,

Cuja obra também os libertará, amo

Essa vida, que é mais tentativa que gozo,

Mais escuro que a prata ensandecida dá

Juventude, mais tremor do que a valentia

Voluptuosa de corpos se desejando, no

Mais, sou a obra, mas também sou o pedreiro,

E o jovem deslumbrado que desenhou as paredes

Tão altas para um piso que mal se contém.