na floresta

Na floresta, o escuro e claro

Não se sabem quem, sob as copas da arvores,

Entre as vidas ali, a vida dela se

Aquecendo para o amanhã,

Uma lâmina de frio e agonia

Cospe para o céu o que seria a fruta madura

Uma fogueira queimando

E da sua maçaroca de gases e fumaças

A linguagem se esforça para ser

A lembrança desse dia, como uma

Como um feiticeira a colocar sobre

A mesa o tormento que é a força

Motriz de toda porta que foi aberta.

Não sabe ainda o amor do homem,

Mas sabe fazer mel com madeira seca,

Sabe do orvalho, o seu veio mais maternal

E tem com ela, que da vida, nada se fala

Salve, atravessá-la, seja palpitante, seja

No abatimento do crepúsculo.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 13/07/2023
Código do texto: T7836285
Classificação de conteúdo: seguro