O Ponto de Abrigo

 

Não acordem a saudade que há em mim

Pois não quero as madrugadas comigo

E nem as páginas com contos eternos.

A muito não durmo com a esperança, 

A insônia tem sido o ponto de abrigo. 

 

Sibila os sentimentos no par das horas.

Rejeito memórias dos tempos de outrora.

Bate em minha porta um passado frívolo,

Eu esperava sem ter as mãos no trinco.  

 

Quem toca na porta na calada da noite?

Quem me olha em total desafio?

A minha vontade fulgas e louca,

O meu outro lado metafórico e febril

A beber da noite um orvalho frio.