Na Ponta do Lápis

 

A cada amanhecer páginas vazias,

Lápis afiado e linhas definidas.

Eus interrompidos ou em fluxos

Na ponta do lápis correm refluxos.

 

Não há sermão do dia ou preleção,

Há passos descalços ou solas no chão.

Por onde se passa  há infância, irrigação,

Coisas desfeitas, refeita sensação.

 

Na plataforma da vida há luzes,

Há ciência no cantar dos vaga-lumes 

Há vícios deixados, outros adquiridos.

 

Estranho arrepio na alma caçada,

Um ritmo forte de passarada,

A correr nas veias suor e cachaça,