Do bordel à catedral

Descendo a escadaria os encantos vão se desfazendo

E um grande alívio é alcançado com a verdade do monstro

Ser apenas não mais que um pântano ou um vômito

Mal executado. Os pensamento não se abriga com

Com os arreios ou os chicotes, mas deles sabemos sobre

Os mundos possíveis e como eles que as criaturas se

Parecem na hora das autópsias, algumas são apenas

Ratos em frangalhos, o fracasso de um pulo mal feito,

Outras, borboletas amarelas que seria tão com a flor

Que nos causa tristeza fazê-las separadas dos seus andares

coloridos, sabendo que a singeleza ofende aqueles que queriam

Se apoderar das palavras, essas sim, vergalhões transpassados

Em colunas de cimento pela qual os mundos se equilibram,

Pelo qual o filho nomeia o pai e mãe, que sem isso não seriam

Mais os seres que trazem comida e jorram leite durante

A safra, passam a monumentais seres mitológicos que morrem

Apenas quando esse filhos cai de uma escada violenta,

Ou a vida lhe surra tanto que matam os pais por dentro

E esse filho fica bolhando sem saber o nome das coisas, somente

suas artérias onde vida passa despercebida e o tempo

É apenas a agonia que cresce conforme nada mais é,

Então a linguagem é um Deus que mal sabemos dela

Até que uma faísca de fé lhe traz à consciência e nos

Mostra que tanto o bordel como a catedral é feita de palavras.