Amores líquidos
O amor desfaz-se no alvorecer da manhã
Como imagem no espelho que as mãos tentam tocar
Esparrama restos de cinzas que adormecem Iansã
Em movimentos suaves no peito a fumegar
O amor embola-se na força esparsa dos ventos
Tenta escorrer como um rio em direção ao mar
Surge Yabá e arrebata todos os sentimentos
O coração se entrega entre suspiros ao luar
O amor esconde-se entre frestas sombrias
Nas bordas transbordantes de além-mar
Iansã ao longe observa e vigia
Para os cacos de corpo poder restaurar