Amores líquidos

O amor desfaz-se no alvorecer da manhã

Como imagem no espelho que as mãos tentam tocar

Esparrama restos de cinzas que adormecem Iansã

Em movimentos suaves no peito a fumegar

O amor embola-se na força esparsa dos ventos

Tenta escorrer como um rio em direção ao mar

Surge Yabá e arrebata todos os sentimentos

O coração se entrega entre suspiros ao luar

O amor esconde-se entre frestas sombrias

Nas bordas transbordantes de além-mar

Iansã ao longe observa e vigia

Para os cacos de corpo poder restaurar

Boneca de Caixa
Enviado por Boneca de Caixa em 25/07/2023
Código do texto: T7845773
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