A sala cinza
Do carpete até o lustre
Cheia de neblina
Tal qual meus pensamentos...
Resultado de lentas baforadas
e lembranças daquela pele delicada...
Na mão direita, entre dois dedos,
o último charuto
Hora de descansa-lo na borda do cinzeiro
Que transborda em cinzas
Feito esta sala cinza e esse sentimento
que mora em meu peito
Realmente é o último...
Deixado para morrer nesta mesa de centro
Ao lado da taça vazia...
Nós três curtindo o luto.