A sala cinza

Do carpete até o lustre

Cheia de neblina

Tal qual meus pensamentos...

Resultado de lentas baforadas

e lembranças daquela pele delicada...

Na mão direita, entre dois dedos,

o último charuto

Hora de descansa-lo na borda do cinzeiro

Que transborda em cinzas

Feito esta sala cinza e esse sentimento

que mora em meu peito

Realmente é o último...

Deixado para morrer nesta mesa de centro

Ao lado da taça vazia...

Nós três curtindo o luto.

Caroline S Cruz
Enviado por Caroline S Cruz em 27/07/2023
Código do texto: T7847605
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