Máscaras

Vejo tanta gente e não vejo nada

Prefiro as flores e os jardins da estrada

Os animais que passeiam vagarosamente

Brincando feito crianças inocentes

Os pássaros que cantam sem parar

E seus cantos vêm me encantar

Mas não, tem tanta gente

Em que não encontro sentido

Perdidos no vazio de vidas vazias

Sem inspiração a uma poesia

São tão supérfluos no jeito de falar

Tão mascarados no jeito de amar

Não mostram sua face

E desviam seu olhar

A alma não reluz a verdade

Mas querem a impor na realidade

Tão vaga, tão escura de empatia

Prefiro distância dessa monotonia

De fingir o que não sou

Para viver o que não sei

Se meu rosto eu sempre mostrei

Tão cheio de defeitos, mas vontade de mudar

Sem lágrimas no olhar

Sedenta de amor e de amar

E eu me encontro a devanear

Com a beleza da transparência

De tantos outros ao meu redor

Que lutam por um mundo melhor

E por um coração com mais sentido

E eu sinto algo parecido

Posso sentir a vibração

Nos olhares, mesmo na multidão

Pulsam verdade e emoção

As máscaras deles foram abandonadas

No começo daquela estrada

E hoje, são mais do que falsidade

Vivem na generosidade

Do amor e da caridade

Chrys Luz
Enviado por Chrys Luz em 30/07/2023
Reeditado em 31/07/2023
Código do texto: T7849858
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