Avenida Amaral Peixoto

A cultura se arrasta pelos calçadões de Nova Iguaçu

E vai e vai e vai e cai com suspiros de ais

Abraçada à eterna paciência dos artistas calçadões

Que tentam chamar e dissimular...

A intoxicação dos figueiredos dessa gente.

Ah! Minha Amaral Peixoto, palco de tantos eventos

Mas que só tem nos ventos o mais certo e sincero compreender.

- Que me leve o vento à arte pros longínquos irmãos deste estado

Mostrando as chagas irmanas expostas por todos os lados;

Ah! Minha Amaral Peixoto, calçadão que por vezes mil eu passo

Calçadão onde me retrato nas quimeras mil que se mostra ao povo;

Ah! Minha Amaral Peixoto, palco de trocas de gentilezas

De princípios de guerras, de sutilezas...

Minha Amara! Quanta tristeza...

Vicente Freire – 01/10/1983.