sobre a vida

sinto-me Dentro de uma noite branca, atarefado

pela defesa de um mundo compilado, sou mais de

ontem que a barricada dessa hora, no entanto, me sinto calmo,

Pois a torres vizinhas ainda preservam o sol desse

Gramado, que na terra negra, deleita meus pés de

Uma promessa que ainda figura no leito do coração,

As meninas passam, da vida somente sua primeira

Hora: do pão quente, da manteiga que derrete ao

Sabor de uma língua ainda virgem, sou um desses

que já andam devagar, sabe uma música que a letra

é um cristal invisível que vibra com as borboletas amarelas,

Porque falam mais das ruas sem saídas que dos castelos

Que torna o horizonte glorioso, vadio, sou pedra, às

Vezes árvores a se defender do vendaval, outras, um

Homem bebendo pra esquecer uma mulher, e todas

Essas coisas são feitas de pensamento, feitas quando

A vida braçal perde o descanso e os coices ganham

Nomes, reinos, uma casa e um conto onde todos

Morrem no final quando sabe que o mar não tem

Fundo e o céu é tão lindo que não se pode tomar.

ainda assim, preciosamente pergunto (educado, talvez)

Pra essa vida que explode ao abrir os olhos: qual o

Seu nome, sabe dançar, é casada, ou dança apenas

Por prazer.