Isabelle del letras

Por onde andas/

Minha bela flor/

Reclusas na dor de tua saudade/

Perdeste a identidade/

Porque não a vejo mais nessa cidade/

Refém de uma sociedade/

Que há tempos se apartou/

Não temas/

Te sou solidário/

Seja nas horas das ilhas/

Que o silêncio taciturno/

Traz aos borbulhos as velhas lágrimas/

Não temas/

Mesmo em Brasília/

Há calor/

Pra refrear o frio dessa solidão/

Aqui, por exemplo, em São Paulo/

Numa missão, guardo- te um coração/

Quem sabe, pode te melhor aquecer/

Não se avexe/

Não se feche/

Pra te informar/

Do norte, não sou nordestino/

Mas sei recorrer ao carinho/

Pra te refastelar/

Não demore/

Não espere pela luz do amanhecer/

Como as ondas do mar a debruçar sobre a areia/

Mesmo distante, contundente as mazelas/

Desse reinado, saberei amar você/

Esses olhos tímidos/

Sob essa bela paisagem/

Já me fazem adormecer/

No leito cativo do teu querer/

Se hoje, nessa hora/

Te invoco, customizo ao direito/

De sonhar, com os teus olhos vividos/

A me velar/

Quem sabe conhecer/

Mesmo que não acredites/

Nesses palpites/

Me permito fantasiar/

Porque acredito na voz do erudito/

A solfejar/