Véu Cinzento
Na cidade cinzenta onde os prédios se erguem,
Entre o concreto frio, a alma se aconchega.
Ruas que ecoam passos sem fim,
E o céu, coberto por nuvens, se nega.
Nas esquinas, vidas apressadas se cruzam,
Olhares vazios, rostos sem cor.
A cidade engole sonhos, devora esperanças,
E os sorrisos se perdem em meio ao torpor.
Mas em meio ao cinza que tudo envolve,
Há lampejos de cores, traços de arte.
Grafites nas paredes, jardins secretos,
A cidade ganha vida onde a tristeza parte.
Sob o véu cinzento, histórias se escondem,
Cada rua contando um segredo profundo.
E nas almas dos que nela habitam,
A cidade cinza encontra seu mundo.
Assim, entre a dureza do concreto e a suavidade da alma,
A cidade cinzenta revela sua dualidade.
Pois mesmo na sombra, há beleza escondida,
E na monotonia, pulsa a vida com sinceridade.
Aisha
Poetas, estive afastada por motivos pessoais.
Abraços