Véu Cinzento

Na cidade cinzenta onde os prédios se erguem,

Entre o concreto frio, a alma se aconchega.

Ruas que ecoam passos sem fim,

E o céu, coberto por nuvens, se nega.

Nas esquinas, vidas apressadas se cruzam,

Olhares vazios, rostos sem cor.

A cidade engole sonhos, devora esperanças,

E os sorrisos se perdem em meio ao torpor.

Mas em meio ao cinza que tudo envolve,

Há lampejos de cores, traços de arte.

Grafites nas paredes, jardins secretos,

A cidade ganha vida onde a tristeza parte.

Sob o véu cinzento, histórias se escondem,

Cada rua contando um segredo profundo.

E nas almas dos que nela habitam,

A cidade cinza encontra seu mundo.

Assim, entre a dureza do concreto e a suavidade da alma,

A cidade cinzenta revela sua dualidade.

Pois mesmo na sombra, há beleza escondida,

E na monotonia, pulsa a vida com sinceridade.

Aisha

Poetas, estive afastada por motivos pessoais.

Abraços

Aisha Alcantara
Enviado por Aisha Alcantara em 16/08/2023
Reeditado em 18/08/2023
Código do texto: T7862792
Classificação de conteúdo: seguro